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A revolução do varejo

13 de fevereiro de 2013Tempo de leitura: 3 minutos

E-commerce revoluciona o mercado de vendas

Gestores repensam modo de se relacionar com o cliente


Profissionais do mundo todo debatem sobre as tendências e novos cenários ao varejo. O maior evento do setor, em Nova York, chega a ter edições brasileiras em São Paulo e Rio de Janeiro, no PÓS NRF 2013.


Nesta semana, a VZA | Vera Zaffari Arquitetura divulgou crescimento no volume de negócios em 2012, no comparativo ao ano anterior. A alta ocorreu, especialmente, nos projetos relacionados ao varejo. Segundo os gestores do escritório, a linha de expansão seguirá. A aposta vai ao encontro dos resultados positivos da empresa e às expectativas do mercado, que no mês de janeiro ganhou repercussão no maior evento de varejo organizado no mundo, em Nova York, o NRF.

Os olhos do varejo estão voltados ao e-commerce. Com eles, novos projetos. Enquanto as lojas físicas oferecem o prazer da experiência, os sites de vendas ampliam a busca por informação, pesquisa de produtos e preço. A relação entre os dois mundos é inevitável e responsável por novos processos de gestão. Também, por novos projetos de arquitetura.

“É censo comum, apresentado inclusive no NRF, que o varejo passa por uma revolução. Para esse setor, similar à Revolução Industrial que reformulou todos os processos de gestão da produção e do consumo”, clareia a arquiteta e diretora da VZA, Vera Zaffari.

“As lojas não têm mais paredes. O consumidor experimenta no ambiente físico, compra na Internet e comenta nas redes sociais. Isso altera radicalmente a maneira de administrar o negócio, que já começa a ser repensado pelo mercado desde o projeto de arquitetura dos espaços que vão comercializar os produtos”, ilustra.

O novo comportamento do consumidor reflete em números. Pesquisas sustentadas no NRF mostram que lojas exclusivamente operando em ambiente físico ainda respondem por um volume de vendas três vezes maior que as marcas disponíveis apenas no ambiente web. Contudo, gestores presentes nos dois ambientes chegam a comercializar dez vezes mais itens. “Enquanto a loja virtual vende 100 produtos, a da esquina da minha casa vende 300, mas as marcas que sustentam o atendimento físico e online ao mesmo tempo vendem mil”,relata Vera. “Significa que logo todo o gestor deverá  estar off (ponto de venda fisico) e on (e-commerce) simultaneamente. É a convergência em favor de um novo cenário ao varejo”.

Na perspectiva da arquitetura dos ambientes, o mercado sugere aos lojistas infraestruturas menores, mais aconchegantes, atrativas e interativas com o mundo virtual. “Possibilidades de pesquisa online dentro da loja, estoque disponível apresentado em computadores, variação e ampliação de marcas e produtos trabalhados são algumas mudanças práticas a serem consideradas nos projetos de arquitetura”, explica a diretora da VZA.

Para acompanhar as tendências do varejo, o desafio desses profissionais que pensam a disposição dos espaços de venda é cruzar o ambiente físico com o digital no objetivo final de proporcionar a experiência da compra. “É a experiência da compra que diferenciará as lojas, não mais os preços e o leque de opção disponível a um toque no mundo todo”, completa Vera.

Diante da revolução na maneira de pensar o varejo, a arquitetura está para agregar mais que estética aos ambientes, mas experiências de consumo projetadas em cada metro quadrado ao lojista. “Experiência digital, física e sensorial devem estar integradas dentro do ponto de venda”, conclui.

 

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