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Open Mall: a conveniência dos centros comerciais de proximidade

28 de julho de 2020Tempo de leitura: 6 minutos

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A tendência mundial dos Open Malls, que está recriando os shoppings centers e transformando-os em centros comerciais a céu aberto, está ganhando força e, no Brasil, já está presente em diversas cidades brasileiras. O conceito que surgiu nos Estados Unidos nos anos 80 também é conhecido como Strip Mall ou Strip Center, é uma solução arquitetônica que viabiliza menores custos de manutenção e uma opção que resulta em um espaço mais agradável ao público.

O estilo de vida atual e as mudanças demográficas, em especial nas grandes cidades, vem aos poucos alterando a maneira como as pessoas vivem e também os locais onde buscam realizar as suas compras. Como consequência, centros comerciais mais próximos das residências ou locais de trabalho da população dessas cidades estão ganhando espaço. E, justamente por esse motivo, os Open Malls são uma tendência que vem se espalhando pelo Brasil e se apresentando como uma alternativa facilitadora do dia a dia.

Por serem erguidos, geralmente, em bairros residenciais com grande fluxo de pessoas, os empreendimentos se tornam ótimas opções para os clientes que estão em busca de fazer uma compra rápida e, preferencialmente, no caminho de volta para casa. As principais demandas cotidianas que mais se destacam são os segmentos de conveniência, serviços e alimentação — prioritários na composição do mix destes locais.

Quais são as características de um Projeto de Open Mall?

Normalmente, os Open Malls são estreitos, construções horizontais e contam com uma faixa (strip) de lojas com um amplo estacionamento em frente. Ou seja, necessitam de uma área maior para serem projetados. Como o investimento para aquisição de terrenos desse porte é muito alta em centros urbanos, as cidades menores ou regiões mais afastadas estão cada vez mais na mira desses investidores.

Estes locais reúnem lojas de diversos segmentos, tornando o centro de proximidade um local completo e variado. É possível encontrar livrarias, salão de beleza, lanchonete, floricultura, pet shop, docerias, cafeteria e até um pequeno supermercado — o que oferece aos moradores de um bairro um centro de compras completo, conveniente e diversificado, reunindo tudo em um só lugar.

No caso dos Open Malls não existe a necessidade de marcas âncoras como acontecem nos Shopping Centers pois já existe um varejo implementado. Todas as marcas fazem papel de âncora pela necessidade, sinergia e a conveniência que elas oferecem. Ter marcas líderes em seus respectivos segmentos fortalece o strip mall, mas a ausência deles não compromete o sucesso do empreendimento.

O principal objetivo destes espaços é proporcionar aos clientes uma compra rápida e eficiente, de forma que, através de uma única parada “one stop shop”, os mesmos possam satisfazer suas necessidades de consumo em curto espaço de tempo, através de uma agradável experiência, traduzida em um ambiente iluminado, agradável e seguro.

Além disso, esse modelo de empreendimento possui várias vantagens que são similares às de um shopping center. Como segurança, limpeza, manutenção, gestão profissional e o melhor: tudo isso sob uma taxa de condomínio menor que a dos shoppings tradicionais e com uma dinâmica de loja de rua.

Também é importante lembrar que o consumidor dos Open Malls e dos shoppings é o mesmo, apenas em momentos de consumo diferente. O strip center está no sentido going home do consumidor. Ele vai para um período de compra de 15, 30, no máximo, 40 minutos. Ao ir ao shopping, o cliente vai com mais tempo, com o objetivo de ter entretenimento e lazer, não para fazer compras de conveniência.

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Mudanças no consumo & pandemia 

A pandemia do COVID-19, mais do que provocar novos comportamentos, está acelerando mudanças que já se anunciavam. Uma dessas tendências é perda do protagonismo das regiões centrais das grandes metrópoles e a valorização das zonas residenciais e suas áreas de proximidade.

Há também um outro motivo importante para essa mudança de comportamento: o trânsito nas cidades. Os congestionamentos são cada vez mais frequentes nas grandes cidades e isso vem desestimulando as pessoas a utilizarem veículos para deslocamento — o que favorece o comércio próximo das casas e locais de trabalho das pessoas.

Novos comportamentos que estão surgindo:

– Lojas de alimentação, artigos de primeira necessidade e serviços em geral, terão prioridade para o consumidor;

– O consumo perto de casa deve crescer, seja em razão das pessoas saírem menos, seja em razão do aumento da prática do home office e delivery;

– As pessoas escolherão os espaços abertos e humanizados, evitando aglomerações;

– Estacionamento fácil e rápido, segurança, velocidade de compra e principalmente limpeza, serão fatores de decisão.

O que investidores e lojistas ganham com os Open Malls? 

Os Open Malls brasileiros têm se mostrado uma opção atraente para varejistas interessados em instalar suas lojas em polos comerciais de rua organizados, com boa estrutura, segurança, boa iluminação e custos compatíveis com suas necessidades.

Na verdade, os ganhos com os centros de proximidade são muitos. É um produto que se demonstrou muito sólido em um período de instabilidade econômica e uma das principais razões é o retorno financeiro pela fidelização do público do entorno. Nada mais cômodo que encontrar, perto de casa, um centro comercial com diversas lojas e serviços que facilitam o dia a dia. Isso faz com que o público fique cativo e opte pelo Open Mall ao invés de um Shopping mais distante e lotado.

Vale ressaltar que estudar a localização de onde se quer empreender para saber os aspectos positivos e negativos da região é uma estratégia cada vez mais comum adotada pelas empresas. Atendimento às necessidades do bairro, acessibilidade, fluxo de pedestres, estacionamento, higiene, segurança e diferentes opções de pontos comerciais são alguns tópicos que os empreendedores reparam quando vão investir em um negócio como esse.

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Vantagens de um Open Mall:

– Custo operacional bem inferior ao de um shopping center convencional;

– Uma loja de cada segmento;

– Sem espaço para mais de uma loja com os mesmos produtos ou serviços;

– Estrutura com amplo estacionamento;

– Grupo de lojas dispostas em fila com um grande estacionamento na frente;

– Ajuda no crescimento do bairro.

Open Malls e o meio ambiente

O consumidor está cada vez mais interessado em uma interação com o meio ambiente. Esse novo formato de centro de proximidade, com uma estrutura mais aberta e com mais áreas de convivência verdes, proporciona ao público uma sensação de estar passeando ao ar livre, porém com a mesma segurança e conforto que os shoppings centers oferecem.

O projeto paisagístico é um dos grandes diferenciais dos Open Malls. Além de estar aliado à sustentabilidade, os espaços são agradáveis, geralmente, bem arborizados, com jardins e espelhos d’água. Assim, além de oferecer um espaço interessante ao público, esse empreendimento também reduz custos com manutenção, devido ao aproveitamento de ventilação e luz natural com a criação das áreas verdes.

O que um Open Mall precisa para ter sucesso?

Os Open Malls devem possuir algumas características importantíssimas para darem certo e serem resilientes em momentos de crise:

  • Localização: devem estar em avenidas ou ruas movimentadas com grande fluxo de pessoas ou carros;

  • Visibilidade: o imóvel deve estar preferencialmente em esquinas onde será notado por pedestres e veículos que por ali passam;

  •  Projeto: deve ser pensado para facilitar a visualização do empreendimento, otimização da área bruta locável, o mix correto de lojas e as facilidades de acesso ao estacionamento;

  •  Estacionamento: ponto importantíssimo desses empreendimentos para que haja conveniência das pessoas estacionarem para consumir naquelas lojas sem nenhuma dificuldade;

  • Mix de Lojas: a seleção das lojas é muito importante para tornar possível que os usuários realizem tarefas num mesmo momento e lugar;

Os Open Malls estão conquistando uma fatia importante do consumo na sociedade e, cada vez mais, favorecendo o comércio local. Já os shopping centers, mais distantes de áreas de influência e de grande fluxo de pedestres, terão que investir em operações que sejam destino, na oferta de experiências diferenciadas, em lazer e entretenimento, e em um mix de lojas muito atraente que priorize a experiência do usuário.

Se você quiser conversar mais sobre esse assunto, você pode entrar em contato com o nosso time de arquitetos especialistas em projetos de arquitetura comercial.

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